Onde fotografar na Toscana
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Se tem algo que é quase unânime entre os turistas que vêm à Itália é o sonho de viajar de carro pela Toscana. Muitos, por falta de tempo ou por preferirem viajar somente de trem (eita país que tem tanta cidade pra visitar e uma malha ferroviária tão completa!), limitam sua viagem à capital - Florença - mas retornam à casa com a pendência: um dia terão de retornar para desbravar a região de cabo a rabo.
Eu não fiz uma pesquisa pra constatar isso. São simples conclusões que tiro a partir da minha convivência com clientes turistas. Percebo que o roteiro padrão é Roma - Florença - Veneza. Aí alguns incluem Nápoles/Costa Amalfitana; outros mais cidades da Toscana; outros Verona/Lago de Garda/Milão.




A Toscana que todo mundo imagina tem campos verdes, ciprestes, rolos de feno, parreirais, oliveiras, castelos, torres e por aí vai. E é neste cenário que as pessoas querem fotografar!


É possível encontrar esta paisagem de cartão-postal nos arredores de Florença. Uma das fotos mais bonitas neste estilo eu fiz a meia hora de lá, em San Casciano - só pra dar uma exemplo.

Mas tem um lugar onde é mais fácil ainda encontrar todos estes "elementos" juntos: a Val D'Órcia, a mais ou menos 1 hora ao sul de Siena. São colinas com pequenas cidades medievais superbem conservadas. É tudo tão perfeitinho que até parece uma pintura! E não sou só eu que acho isso: o vale foi tombado pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Pra gente não se perder em meio a tanta beleza e aproveitar bem o tempo do ensaio, eu traço uma rota a ser percorrida dentro do vale. Muitas vezes ela começa em alguma estação de trem (Buonconvento, por exemplo, que no caso é a estação mais próxima à Montalcino) e finaliza em outra (Montepulciano). Porque geralmente eu desço de Pádua de trem, já que os clientes estão com carro alugado.




Três das cidadezinhas mais famosas do Val D'Órcia são Montalcino (vai um Brunello aí?), Pienza e San Quirico. É nesta última que se encontra a famosa Capella della Madonna di Vitaleta, onde simplesmente rende um ensaio à parte.
Nem sempre se tem a sorte de encontrar a igreja vazia (ah, ela nunca está aberta), mas de todas as vezes que fui, sempre em alta temporada, nunca encontrei tantas pessoas a ponto de não conseguir fotografar.


